sábado, 12 de março de 2011

Primera Clase 12

* Qualquer semelhança com a realidade, é e não é mera coincidência. Os nomes são gregos, mas escrevo títulos e certas palavras em espanhol, mas a estória se passa no Brasil. 90% dos textos a seguir são baseados em uma vida, 10% de uma vida na verdade. Não, a menina não sou eu, mas minha história está presente.

Imagine uma criança. Na verdade, imagine uma menina de cabelos castanhos claros e curtos, na altura do ombro, com olhos pequeninos e verdes. Essa menina era da mesma altura de seus colegas na infância, impensavél que não iria crescer tantos mais quanto seus colegas de Jardim de Infância. Por fim, esta fase de sua vida se acabara. 
 Em sua nova escola, foram hostis com a menina. Ignoravam-a, não a integraram em seus grupos infantis de conversar fúteis de bonecas e afins. Naquele ano, a menina percebeu que não era e não queria ser igual as outras. Nem meninos nem meninas gostavam dela. Era triste, era frio, era solitário. Quem disse que se acabaria na 1ª série sua sina?

Capítulo 1 - Si yo cambio, tú vas a cambiar también?

  - Maedra, você vem com a gente? - Pergunta Mirella, loira e magra menina, dos olhos verdes azulados. "Não", disse a menor dos cabelos castanhos caídos no rosto. Mirella converteu seu rosto em tom enojado por Maedra essa coçando levemente suas mãos doentes. Virou-se, jogando os cabelos quase na cara da colega e saiu, acompanhada de suas amigas. "Um ninho de cobras", pensava Maedra, ajeitando o aparelho móvel, apelidado carinhosamente de "Freio de Burro" pelos colegas da menina.
  Realmente, ela não se importava. Sozinha, ela completava sua órbita, naquele planetinha verde mesclado com roxo e azul, pontas amareladas e vermelhas, muito pouco rosa, pois a cor não lhe agradava muito. Todos os dias ela pintava e repintava parte de seu mundo, como um quadro que vai do infinito até o infinito. Quer dizer... Se sua mão ao menos deixasse ela sozinha no quarto por 2 minutos.
  - Maedra o que você está fazendo?
  - To pelada na web cam do computador mãe - dizia com sarcasmo. O que aquela mulher achava que ela fazia, meu Deus, para interromper cada segundo de seu precioso tempo e de seus amigos?
  - Os anos passam e você fica cada vez mais mal-educada, cruz-credo
  - Você quem me criou, a culpa é sua.
 "Ela reconhece, nunca rebate quando falo disso. E quando rebateu, mencionou o pobre do meu pai. Ele é tão bom quanto você mãe, ele me educou, você não", pensa a menina, revirando os olhos e lembrando carinhosamente do pai. 
 Os pais de Maedra, Madge e Galeno se separaram quando ela tinha apenas 7 anos e sempre pensara que o motivo da separação havia sido um café da manhã. Erro de seus pais, não explicar a uma criança o que estava acontecendo por inteiro. A menina, nesta idade, já era madura e já conseguia enfrentar certos problemas, mas como nada lhe foi esclarecido, chorava de falta do pai. 
  Limpou as lágrimas e andou até sua cama, clicando no botão da tela do computador, para deixá-la preta, dormindo. Pegou o livro de cabeceira que lia e se enrolava para ler, sobre religiões. O livro anterior era sobre filosofia. Apesar da menina não concordar em ter religião, era obrigada pela mãe a frequentar a Igreja Católica de Santa Clara da Piedade. Nem se sabia se Santa Clara era da Piedade, mas por fim, para ela, existia só Deus.

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